Cirurgia Ortopédica em Cães e Gatos: Tudo o que Você Precisa Saber

Cirurgia Ortopédica em Cães e Gatos: Tudo o que Você Precisa Saber

Por: Bruno - 25 de Junho de 2025

A cirurgia ortopédica em cães e gatos desempenha um papel crucial na recuperação de lesões e condições musculoesqueléticas. Este procedimento, que abrange desde a correção de fraturas até o tratamento de displasias, é vital para garantir a saúde e bem-estar dos animais de estimação. Entender os aspectos desse tipo de cirurgia pode ajudar tutores a tomarem decisões informadas sobre o tratamento de seus pets.

Principais Indicações para Cirurgia Ortopédica em Animais

A cirurgia ortopédica é frequentemente indicada para cães e gatos que apresentam problemas musculoesqueléticos. Entre as principais indicações estão as fraturas ósseas, que podem ocorrer devido a quedas, acidentes ou traumas. Nestes casos, a cirurgia pode ser necessária para realinhar os ossos e garantir uma recuperação adequada.

Outra indicação comum é a displasia coxofemoral, uma condição hereditária que afeta a articulação do quadril. Essa alteração pode levar à dor e à dificuldade de locomoção. Em estágio avançado, a cirurgia para substituição da articulação pode ser a melhor solução para aliviar o sofrimento do animal.

Lesões nos ligamentos, especialmente o ligamento cruzado cranial, são também situações que frequentemente requerem intervenção cirúrgica. A ruptura desse ligamento pode causar dor intensa e instabilidade na articulação do joelho. O procedimento cirúrgico é necessário para reparar a lesão e restaurar a funcionalidade do joelho.

Condições como luxação patelar e osteoartrite também estão entre as indicações cirúrgicas. A luxação patelar, em particular, ocorre quando a rótula não se posiciona corretamente, causando dor e dificuldade de movimentos. A correção cirúrgica pode melhorar significativamente a qualidade de vida do animal.

Além disso, a cirurgia é indicada para tumores ósseos, onde a remoção do tumor pode ser necessária para evitar a disseminação do câncer. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o prognóstico do animal.

Por fim, alterações congênitas, como malformações ósseas, também podem necessitar de cirurgia ortopédica. Essas condições podem afetar o crescimento e o desenvolvimento dos ossos e articulações, comprometendo a movimentação e a qualidade de vida do pet. A correção cirúrgica precoce é muitas vezes recomendada para garantir um desenvolvimento saudável.

Preparativos Antes da Cirurgia

Antes de qualquer procedimento cirúrgico, é essencial realizar uma avaliação geral da saúde do animal. O veterinário deve ser informado sobre a história clínica do pet, incluindo quaisquer doenças pré-existentes, medicamentos em uso e alergias. Esses dados ajudam a minimizar os riscos durante a cirurgia.

Exames laboratoriais também são fundamentais. Testes de sangue, como hemograma completo e bioquímico, permitem avaliar a função dos órgãos e garantir que o animal esteja em condições adequadas para a anestesia e o procedimento cirúrgico.

Outro ponto importante é o jejum. A maioria dos veterinários recomenda que o animal fique em jejum por pelo menos 8 a 12 horas antes da cirurgia. Isso ajuda a evitar complicações durante a anestesia, como vômitos e aspiração.

Preparar o ambiente também é crucial. O tutor deve organizar um espaço tranquilo e confortável onde o animal possa se recuperar após a cirurgia. Isso pode incluir a preparação de uma cama macia, evitando escadas e áreas de acesso a outros animais que possam estressar o pet.

Além disso, é recomendável ter em mãos todos os materiais necessários para os cuidados pós-operatórios, como colares elizabetanos, curativos e medicamentos prescritos pelo veterinário. Ter tudo pronto facilita o processo de recuperação.

Por fim, discutir o plano cirúrgico com o veterinário é fundamental. Os tutores devem entender completamente o procedimento que será realizado, as possíveis complicações e os cuidados que serão necessários. Ter clareza sobre o que esperar ajuda a aliviar a ansiedade do tutor e do animal.

O Que Esperar Durante o Procedimento Cirúrgico

Durante o procedimento cirúrgico, o animal passa por várias etapas essenciais para garantir sua segurança e eficácia da cirurgia. Inicialmente, após a preparação, o veterinário administrará anestesia ao animal, que pode ser geral ou local, dependendo da complexidade da cirurgia. O veterinário monitorará continuamente os sinais vitais, como frequência cardíaca e respiratória, durante todo o processo.

Após a indução da anestesia, o animal será posicionado de maneira adequada na mesa cirúrgica, permitindo acesso fácil à área que receberá o procedimento. O uso de monitores para acompanhar a oxigenação e a pressão arterial ajuda a garantir que o animal permaneça estável durante a cirurgia.

A cirurgia em si pode variar em complexidade, dependendo da condição sendo tratada. Em cirurgias ortopédicas, o veterinário pode precisar realizar cortes precisos, reposicionar ossos ou tecidos danificados e, em alguns casos, implantar dispositivos ortopédicos, como placas ou parafusos.

Durante o procedimento, a equipe cirúrgica está sempre alerta a qualquer alteração no estado do animal. O uso de anestésicos modernos e protocolos de monitoramento avançados ajuda a minimizar riscos durante a cirurgia, proporcionando um ambiente seguro e controlado.

Com a conclusão do procedimento, a equipe inicia o processo de fechamento, que pode envolver suturas internas e externas. Após o fechamento, o animal é monitorado até que a anestesia comece a passar, garantindo sua recuperação segura antes de ser levado de volta para casa.

O tempo da cirurgia varia, mas geralmente leva de uma a várias horas, dependendo da complexidade do caso. É importante que os tutores se mantenham informados sobre o progresso da cirurgia e estejam disponíveis para receber instruções sobre cuidados pós-operatórios imediatamente após a finalização do procedimento.

Cuidados Pós-operatórios para Cães e Gatos

Os cuidados pós-operatórios são fundamentais para garantir uma recuperação bem-sucedida do animal. Após a cirurgia, é importante proporcionar um ambiente tranquilo e confortável para o cão ou gato. Limite o acesso do pet a escadas e áreas elevadas para evitar esforços desnecessários durante a recuperação.

A administração dos medicamentos prescritos pelo veterinário deve ser rigorosamente seguida. Analgesicos e anti-inflamatórios são frequentemente recomendados para aliviar a dor e reduzir a inflamação. Certifique-se de que o animal tome os medicamentos nos horários corretos e nas dosagens adequadas.

É fundamental monitorar o local da cirurgia para possíveis sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço ou secreção. Realize verificações diárias e, se notar qualquer alteração preocupante, entre em contato com o veterinário imediatamente.

Restrinja a atividade física do animal. Evite brincadeiras intensas e saltos durante o período de recuperação, que pode variar de alguns dias a semanas, conforme a orientação do veterinário. O uso de um colar elizabetano pode ser necessário para impedir que o animal lamba ou morda o local da cirurgia.

A alimentação deve ser leve e conforme as recomendações do veterinário. Muitas vezes, o pet pode não ter apetite nas primeiras 24 horas após a cirurgia, mas isso é normal. Ofereça pequenas quantidades de ração ou comida úmida, conforme indicado pelo profissional.

Finalmente, agende consultas de retorno com o veterinário para garantir que a recuperação está ocorrendo conforme o esperado. Estas consultas são importantes para avaliar a cicatrização e realizar possíveis ajustes nos cuidados necessários durante o processo de recuperação.

Possíveis Complicações e Como Evitá-las

Embora a cirurgia ortopédica em cães e gatos seja geralmente segura, existem possíveis complicações que podem surgir durante a recuperação. Uma das complicações mais comuns é a infecção no local da cirurgia. Essa situação pode ocorrer se os cuidados pós-operatórios não forem seguidos corretamente. Para evitar isso, mantenha a área limpa e seca e verifique regularmente se há sinais de inflamação.

Outras complicações incluem hemorragias e hematomas. A avaliação do local da cirurgia deve ser feita regularmente para identificar qualquer sangramento anormal. Além disso, é crucial que o animal evite atividades físicas excessivas, que podem aumentar o risco de lesões adicionais.

A dor pós-operatória é uma preocupação que deve ser monitorada. Se o veterinário prescrever analgésicos, administre-os rigorosamente de acordo com as orientações. Se o animal demonstrar sinais de dor intensa ou desconforto mesmo após a medicação, contate o veterinário imediatamente.

Outra complicação possível é a falta de mobilidade, especialmente se o animal não for estimulado a se mover adequadamente durante o período de recuperação. Para prevenir a rigidez nas articulações, incentive movimentos suaves com suportes adequados, conforme orientação do veterinário.

O colapso do ponto cirúrgico é outra preocupação que pode surgir. Isso pode ocorrer se o animal lamber ou morder a área operada. O uso de um colar elizabetano é altamente recomendado para evitar esse comportamento e proteger a incisão.

Por último, o prognóstico pode variar de acordo com a saúde geral do animal e com a complexidade da cirurgia. É fundamental seguir todas as orientações do veterinário e realizar consultas de acompanhamento para monitorar a recuperação e lidar com qualquer outra complicação que possa surgir.

A Importância da Reabilitação Após a Cirurgia

A reabilitação após a cirurgia ortopédica é um aspecto essencial para garantir a recuperação completa do cão ou gato. Após o procedimento, os animais podem sofrer de fraqueza muscular e rigidez nas articulações, tornando a reabilitação fundamental para restaurar a mobilidade e a função.

Programas de reabilitação individuais geralmente incluem fisioterapia, que pode envolver exercícios específicos para fortalecer os músculos e melhorar a flexibilidade. Esses exercícios ajudam a prevenir complicações a longo prazo, como a atrofia muscular e a artrite, que podem ocorrer se o animal não se mover adequadamente.

O fisioterapeuta pode utilizar técnicas como hidroterapia, que promove o exercício em um ambiente controlado, reduzindo o impacto nas articulações. A água suporta o peso do animal, permitindo que ele se mova com mais facilidade durante a fase inicial de recuperação.

Além disso, a reabilitação pode incluir terapias complementares, como acupuntura e massagem terapêutica, que ajudam a reduzir a dor e melhorar a circulação sanguínea. Essas abordagens podem acelerar o processo de cicatrização e proporcionar alívio ao animal durante a recuperação.

É importante seguir um cronograma de reabilitação orientado pelo veterinário ou fisioterapeuta, pois cada animal terá necessidades e limitações únicas. Uma reabilitação bem estruturada pode não apenas facilitar a recuperação, mas também melhorar a qualidade de vida do pet a longo prazo.

Finalmente, a reabilitação é uma oportunidade para fortalecer a conexão entre o tutor e o animal. Os exercícios e cuidados necessários durante esse período promovem um ambiente de apoio e carinho, essencial para a recuperação emocional do pet após a cirurgia.

A cirurgia ortopédica em cães e gatos é uma ferramenta valiosa para tratar condições que afetam a mobilidade e a qualidade de vida dos pets. Entender os cuidados necessários, as possíveis complicações, e a importância da reabilitação pós-operatória é fundamental para garantir uma recuperação bem-sucedida.

Seguir as orientações do veterinário e proporcionar um ambiente de apoio e cuidado pode fazer toda a diferença na recuperação do seu animal. Esteja atento a qualquer alteração no comportamento ou na saúde do pet, pois a intervenção precoce pode prevenir complicações.

Investir tempo e recursos na recuperação do seu amigo de quatro patas não apenas irá beneficiar sua saúde física, mas também fortalecerá o vínculo entre vocês. Com os cuidados adequados, seu cão ou gato pode retornar a uma vida ativa e saudável após a cirurgia.

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